Amy Judd - um novo gênero de pintura?

Amy Judd, pintora nascida em Londres, em 1980.

Um olhar rápido e parece que você está diante de uma foto. Um olhar repousado, logo detecta, a tradicional técnica a óleo.

Amy Judd, sua inspiração

Ela se inspira na mitologia e nos folclores que tratam da ligação do feminino com a natureza.

“Sempre me atraiu a mitologia e o folclore e sua relação entre o ser humano e a natureza, mas foi vendo “O Lago dos Cisnes” que meu trabalho mudou. Prendeu minha atenção, a transformação de Odette em cisne, foi uma ideia sublime e comecei a criar os meus próprios mitos.”

Se você assistir ao vídeo abaixo, também verá que ela os estilistas também são importantes fontes de referência em seu trabalho. Nomes como McQueen, Galliano ou o designer de chapéus, Philip Treacy.

Retratos ou Naturezas-Mortas?

Pra mim, ao colocar flores, pássaros ou apenas penas entre nós e essas mulheres, converte seus óleos quase em natureza-mortas. Até se podia dizer que cria um novo gênero.

Você pode falar, ah, mas lembra Arcimboldo. E isso pode ser mais uma razão para entender sua proximidade à natureza-morta. Mas ela dá uma passo mais, não há fusão como em Arcimboldo, mulher e flor, mulher e pássaro ocupam planos distintos, mas ambos parecem não estar nem aí para nosso olhar.
E aí temos o retrato-sem rosto.
Inclusive inserido num ambiente barroco, quando o gênero da natureza-morta se impôs.

E o que essas pinturas dizem para você?