Em 1865, Manet apresenta sua “Olympia” ao Salão Oficial de Paris. Ele havia pintado essa Vênus moderna 2 nos antes e o título da obra havia sido coisa do amigo, Baudelaire.
Quando apareceu nas paredes do salão, foi o maior escândalo. Taxada de pornográfica, porque era uma mulher nua que encarava o espectador e além de tudo a cena refletia a moda do século 19, ou seja, da época em que foi criada a obra. As pessoas podiam “se colocar” no quadro.
Além do que deixava de lado 500 anos de gestão do volume e de perspectiva geométrica. Um cânon estabelecido no Renascimento!
Manet x Cabanel
Na série do “Museu D´Orsay” falo mais da polêmica e comparo a obra de Manet com outra “Vênus” apresentada por Alexandre Cabanel no mesmo Salão de 1865.
O estudo do quadro – “Olympia”
Atualmente esse estudo se encontra na Lilith Gallery, de Toronto.
As mulheres de “Olympia”
As duas modelos que posaram para o quadro, viviam no mesmo bairro de Manet. A modelo negra era Laure, sabemos que posou para outros artistas, mas sequer qual era seu sobrenome. Provavelmente, foi Jeanne Duval que lhes apresentou um ano antes, tanto que Manet pintou um retrato de Laure em 1862.
Jeanne Duval nasceu no Haiti, trabalhou como atriz e bailarina. Ela conheceu Manet através de seu companheiro, Baudelaire.
A modelo deitada sobre o divã é Victorine Louise Meurent, Meuran, Meurand o Meurend (Colombes, 1844/1927). Ela aprendeu o ofício da pintura durante uma estadia nos Estados Unidos e chegou a participar de vários salões. Infelizmente, apenas uma de suas obras chegou até nós: “Le jour des rameaux” (c. 1880).Ela também foi música, poeta e modelo.
Meurent posou em diversas ocasiões para Manet. É a protagonista de outra obra polêmica: “Almoço na Relva”.
Dimensões: 191 × 130,5 cm
Técnica: óleo sobre tela
Gênero: cena de gênero
Movimento: Impressionismo
Onde se encontra: Paris, no Museu D´Orsay.