Entre seus 16, 17 anos Picasso escreveu em seu caderno de notas: “Greco, Velázquez. Inspire-me”.
O artista malaguenho era uma esponja, um ser antropofágico com um apetite voraz. Tudo que estava ao seu redor lhe inspirava, sempre estava em museus, cercado de livros, jornais, outras obras de arte.
“Muito mais do que a apropriação da linguagem dos outros artistas, ou de medir seu poder em relação a eles, o que buscava era provocar uma mágica transferência de seus poderes criativos”.
Isso eu li num cartaz no Museu Thyssen, dentro de uma das exposições comemorativas de 2023 do Ano Picasso.
Acho que aqui o importante é essa palavra – provocar. Porque mostra que de magia nada. Estamos falando de trabalho, de uma busca incessante de referenciais e de horas pensando sobre eles. E ainda, de não ver o outro como esquisito, mas alguém de quem se aprende.
E no final, como já ensinou Oswald de Andrade, assimilar o que nos convém, e o que sobrar, levar ao nosso terreno.
Nessa mesma exposição: “Picasso. Lo divino.Lo sagrado” podíamos ver algumas telas que inspiraram Picasso e como ele as usou para criar, dentro de sua própria identidade, umas pinturas incríveis.
Velázquez & Picasso
EL Greco & Picasso
Zurbarán & Picasso
José de Ribera & Picasso
Bronzino & Picasso
Delacroix & Picasso
Anônimo Valenciano & Picasso
Murillo & Picasso